Projeto “Conta pra Mim” incentiva a leitura de livros infantis no ambiente familiar

Você já pensou em separar um cantinho da sua casa para estimular o hábito da leitura através de brincadeiras, cantorias, danças e contação de histórias? Essa é a proposta da técnica Literacia, que compreende um conjunto de práticas desenvolvidas pelos pais ou responsáveis e que estão relacionadas à linguagem oral, leitura e escrita das crianças.

Para estimular a leitura de livros infantis no ambiente familiar, o MEC lançou o programa Conta pra Mim, com base justamente nesta técnica da literacia. A ideia é que, com treinamentos disponíveis em vídeos, os pais passem a adotar práticas como aumentar o diálogo com os filhos; fazer a chamada leitura dialogada – interagir com a criança durante as histórias; narrar histórias; começar a familiarizá-las com a escrita; promover atividades artísticas e brincadeiras; e aumentar a motivação delas com leitura e escrita.

Alunos da rede pública que cursam o 1º e o 2º ano do ensino fundamental são o público-alvo da iniciativa. O programa faz parte da Política Nacional de Alfabetização e, além do estímulo da leitura diária, criará “cantinhos de leitura” para narração de histórias, atividades lúdicas e estímulo à atividade intelectual em creches, pré-escolas, museus e bibliotecas.

Segundo o MEC, serão investidos R$ 45 milhões na criação de 5 mil “Cantinhos Conta pra Mim”. A previsão é de que eles fiquem prontos até o fim de 2020 e o público-alvo são famílias de baixa renda com crianças entre 3 e 5 anos que sejam beneficiárias do Bolsa Família. Para atuarem nesses espaços, professores da rede pública devem receber uma bolsa entre R$ 300 e R$ 400.

Metodologia

A iniciativa do programa segue o princípio da Curva de Heckman, formulada pelo vencedor do Prêmio Nobel de Economia de 2000, James Heckman. De acordo com o economista, investimentos feitos nas camadas mais jovens da população têm maior retorno social.

Parceria entre família e escola

Alessandra Domingues, coordenadora dos projetos pedagógicos e chefe do editorial da editora Colli Books, afirma que a leitura está presente em todos os ambientes da nossa sociedade, e por meio dela a pessoa pode ampliar seu conhecimento, aperfeiçoar a escrita, o vocabulário, entre outros aspectos que levam à reflexão e formação do senso crítico. “Quando a leitura não é incentivada nem estimulada no ambiente familiar, acaba sendo vista como algo que não é de interesse da pessoa, uma vez que acontece apenas em lugares rígidos e de forma obrigatória. Porém, se o estímulo à leitura acontecer no ambiente informal, principalmente em casa, provavelmente o leitor tenha facilidade em compreender textos. A leitura é importante para a representação que a pessoa possa fazer da sociedade e, desse modo, é essencial o papel que a família e a escola executam no processo de formação do leitor, acrescenta Alessandra.

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