Patrimônio cultural de saberes é assunto de escola, sim!

O que significa esse termo e como explorar o tema em sala de aula

A escola é lugar de aprender matemática, português, história, biologia… é o espaço para falar de sustentabilidade, saúde, empreendedorismo… mas também é o local ideal para aprender e refletir sobre temas que falam sobre cidadania e consciência de valores sociais. Por que não? Um exemplo é o ensino sobre nosso patrimônio cultural imaterial ou patrimônio cultural de saberes.

Bom, primeiro vamos explicar o que é o patrimônio cultural material. A grosso modo, são os objetos em que podemos tocar. Ou seja, tudo aquilo que é realizado com materiais concretos e que identificam um momento histórico, um povo, uma cultura ou uma cidade. Um exemplo é a estátua do Cristo Redentor, no morro do Corcovado. Quando vemos aquele monumento sabemos que se trata do Rio de Janeiro.

Mas e o patrimônio cultural imaterial? São os bens que não podemos tocar. Apesar de não podermos senti-los com as mãos, eles fazem parte da história ou da cultura de um povo ou região. Quer um exemplo? A dança do frevo, típica de Pernambuco, ninguém pode tocar, mas sabemos que ela faz parte da identidade desse estado. (Fonte: site Toda Matéria)

Por que estudar o patrimônio?

Levar o estudo sobre patrimônio cultural para a sala de aula só traz vantagens. Veja só: mostrar o valor da nossa cultura e história local aos estudantes ajuda na compreensão das heranças do passado, colabora para a formação da identidade pessoal de cada um e contribui para a formação de cidadãos críticos e criativos.

Olha quantas coisas bacanas são consideradas saberes: uma gíria, um causo, uma história de pescador… uma receita de bolo de fubá com erva doce, uma feira popular… e até uma cantiga de ninar famosa. Tudo isso faz parte do patrimônio cultural imaterial brasileiro, segundo nossa Constituição Federal de 1988.

Ensinar sobre patrimônio faz com que a criança tenha consciência e valorize o espaço onde vive, evitando atos de vandalismo, pichações de paredes e outras ações que podem destruir os locais no seu entorno.

Atividade proposta

Neste contexto, vale lembrar aos alunos que própria escola é patrimônio seu e da sua comunidade. Se a escola é antiga, uma ideia legal é fazer uma aula ao ar livre para descobrir o estilo arquitetônico e outras curiosidades sobre o local. Essa iniciativa vai ajudar a despertar o sentimento de pertencimento e a garotada vai entender que precisa preservar e valorizar tudo o que a escola oferece. 

Outra sugestão é organizar uma roda de conversa e propor que eles busquem na memória os detalhes que lembram da escola.  

  • Ela é grande ou pequena?
  • Tem pátio e jardim?
  • É bem cuidada? 
  • Tem muitas salas de aula?
  • Tem parquinho?
  • O que você mais gosta na sua escola?

Pensando nessas questões, faça um desenho em seu caderno utilizando lápis e papel para representar a sua escola. Use sua imaginação e criatividade e coloque no desenho todos os sentimentos bons que a escola traz pra você.

Depois, leve a turma para conferir se os desenhos batem com a realidade.

Por fim, é interessante planejar as aulas para que os conteúdos sobre patrimônio cultural sejam explorados de maneira interdisciplinar, nas aulas de História, Geografia, Português, Biologia e onde mais a criatividade permitir.

Para a especialista, todo lugar tem cultura, todo lugar tem patrimônio cultural, ele é o que faz nós sermos o que somos. “Quando você traz esse aprendizado para uma área vulnerável, por exemplo, você combate preconceitos e intolerâncias, você mostra que não existe só uma maneira de viver no mundo, só um jeito certo”, conclui Sônia.

Foto: Banco de imagens/Embratur

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