Grandezas e medidas na Educação Infantil

A procura por diferentes metodologias de ensino que despertem o interesse e a motivação dos alunos, além de melhorar a qualidade do ensino, deveria ser uma das inquietudes dos professores de matemática, como também de professores polivalentes e pedagogos que lecionam Matemática.

As medidas estão presentes na maioria das atividades cotidianas das crianças. Desde muito cedo, elas têm contato com os aspectos das medidas. O fato de que as coisas têm tamanhos, pesos, volumes, temperatura diferentes e que tais diferenças, frequentemente, são apontadas pelos outros (está longe, está perto, é mais baixo, é mais alto, mais velho, mais novo, pesa meio quilo, mede dois metros, a velocidade é de 60 quilômetros por hora etc.) permite que as crianças, informalmente, estabeleçam esse contato, realizando comparações de tamanhos, estabelecendo relações, construindo algumas representações nesse campo, atribuindo significado e fazendo uso das expressões que costumam ouvir. Esses conhecimentos e experiências adquiridos no âmbito da convivência social favorecem à proposição de situações que despertem a curiosidade e o interesse das crianças para continuar conhecendo sobre as medidas.

O professor deve partir dessas práticas para sugerir situações-problema em que a criança possa ampliar, aprofundar e construir novos sentidos para seus conhecimentos. As atividades de culinária, por exemplo, possibilitam um rico trabalho, envolvendo diferentes unidades de medida, como o tempo de cozimento e a quantidade dos ingredientes: litro, quilograma, colher, xícara, pitada etc. A comparação de comprimentos, pesos e capacidades, a marcação de tempo e a noção de temperatura são experimentadas desde cedo pelas crianças pequenas, permitindo-lhes pensar, num primeiro momento, essencialmente sobre características opostas das grandezas e dos objetos, como grande/pequeno, comprido/curto, longe/perto, muito/pouco, quente/frio etc. Esse ponto de vista, no entanto, pode se modificar e as comparações feitas pelas crianças passam a ser percebidas e anunciadas por meio das características dos objetos, como, por exemplo, o caderno azul é maior do que o verde; minha bola de vôlei é menor e mais leve do que a sua etc. O desenvolvimento dessas capacidades comparativas não garantem, porém, a compreensão de todos os aspectos essenciais na noção de medida.

As crianças aprendem sobre medidas apenas de uma forma: medindo. A ação de medir inclui: a observação e comparação sensorial e perceptiva entre objetos; o reconhecimento da utilização de objetos intermediários, como fita métrica, balança, régua etc., para quantificar a grandeza (comprimento, extensão, área, peso, massa etc.). Inclui, também, haver a comparação entre dois ou mais objetos respondendo a questões como: “quantas vezes é maior?”, “quantas vezes cabe?”, “qual é a altura?”, “qual é a distância?”, “qual é o peso?” etc. A construção desse conhecimento decorre de experiências que perpassam a educação infantil.

Para iniciar esse processo, as crianças já podem ser solicitadas a fazer uso de unidades de medida não convencionais, como passos, pedaços de barbante ou palitos, em situações nas quais necessitem comparar distâncias e tamanhos: medir as suas alturas, o comprimento da sala etc. Podem, também, utilizar-se de instrumentos convencionais, como balança, fita métrica, régua etc., para resolver problemas. Além disso, o professor pode criar situações nas quais as crianças pesquisem formas alternativas de medir, propiciando oportunidades para que tragam algum instrumento de casa. O uso de uma unidade padronizada, porém, deverá aparecer como resposta às necessidades de comunicação entre as crianças, uma vez que a utilização de diferentes unidades de medida proporciona resultados diferentes nas medidas de um mesmo objeto.

O uso dos calendários e a observação das suas características e regularidades (sete dias por semana, quantos dias há em cada mês etc.) permitem marcar o tempo que falta para algum evento, prever a data de um passeio, localizar as datas de aniversários das crianças, marcar as fases da lua.

O tempo é uma grandeza mensurável que requer mais do que a comparação entre dois objetos e exige relações de outra natureza. Ou seja, utiliza-se de pontos de referência e do encadeamento de várias relações, como dia e noite; manhã, tarde e noite; os dias da semana; os meses; o ano etc. Presente, passado e futuro; antes, agora e depois são noções que auxiliam na estruturação do pensamento.

Você já conhece o livro Vivene e Florine em O Pirulito das Abelhas? Por meio do seu uso em sala de aula, é possível trabalhar diversas atividades de grandezas e medidas. Que tal preparar com os alunos a deliciosa receita das abelhas, por exemplo? Eles vão adorar. Com essa atividade, também é possível trabalhar noções de higiene no manuseio dos alimentos, empreendedorismo, pois os pirulitos preparados podem ser comercializados, podendo-se trabalhar noções de dinheiro, quantidade, etc., trabalho em equipe e diversos outros conhecimentos que farão da sua aula algo marcante e carregado de significado para os seus alunos!

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