Afetividade na educação e na vida 

Um bebê quando começa a dar os primeiros passos, certamente se sentirá mais seguro se perceber que tem a mãe, o avô ou alguma pessoa do seu convívio para pegar na sua mãozinha caso tenha um desequilíbrio. Ele pode não precisar da ajuda, mas ao ver a mão estendida, se sentirá acolhido e terá um estímulo para aprender a andar. Essa condição humana de demonstrar os seus sentimentos a outros seres ou objetos recebe o nome de afetividade. Para que a criança tenha um desenvolvimento saudável em todos os aspetos – cognitivo, biológico e sócio afetivo – é necessário que ela se sinta segura e acolhida.

Afetividade na educação

A afetividade tem um papel fundamental no processo de aprendizagem porque está presente em todas as áreas da vida, influenciando o crescimento cognitivo.

Jean Piaget, considerado um dos mais importantes pensadores do século XX, deu à afetividade uma elevada relevância no processo pedagógico. Sobre o tema, ele disse: “A afetividade e o desenvolvimento da inteligência estão dissociadas e integradas, no desenvolvimento psicológico, não sendo possível ter duas psicologias, uma da afetividade e outra da inteligência para explicar o comportamento.” (Piaget apud Arantes, 2003, p.56).

Outro famoso autor especialista na área da educação, Henri Wallon, compartilha deste raciocínio. De acordo com Piaget e Wallon, o desenvolvimento ocorre através de vários estágios e nesses estágios, a inteligência e a afetividade vão alternando em termos de importância. No primeiro ano de vida, a afetividade é predominante, pois o bebê se usa dela para se exprimir e interatuar com o mundo.

Mas a afetividade não é importante apenas nessa fase. Ela determinará o tipo de relacionamento entre o professor e aluno, o que terá um grande impacto na forma como o aluno adquire novos conhecimentos.

É comprovado que, quando o aspecto cognitivo é o principal alvo da atenção, e a evolução da área afetiva é esquecida, o o aluno tem menor chance de atingir o seu máximo potencial.

O educador Henri Wallon se aprofundou na questão da afetividade. Ao estudar a criança, ele não coloca a inteligência como o principal componente do desenvolvimento, mas defende que “a vida psíquica é formada por três dimensões – motora, afetiva e cognitiva -, que coexistem e atuam de forma integrada.”

Outro grande educador que entendia e valorizava o processo de afetividade é Paulo Freire. Em seu livro Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa, Freire (1999, p.148) fala sobre a importância dos pequenos gestos, palavras e olhares de respeito e de qualificação do professor com seu aluno adolescente: “Este saber, o da importância [dos] gestos que se multiplicam diariamente nas tramas do espaço escolar, é algo sobre o que teríamos que refletir seriamente”. Ainda sobre afetividade, Freire (ibidem, p.47) afirma: “Às vezes mal se imagina o que pode passar a representar um simples gesto de um professor. O que pode um gesto aparentemente insignificante valer como força formadora ou como contribuição à do educando por si mesmo”.

Freire critica também o ensino tradicionalista, o que ele chama de “Educação bancária”, na qual fala-se quase exclusivamente do ensino conteudista como transferência de saber. Freire ressalta que esta é uma compreensão estreita do que é educação e do que é aprender. Como afirma, “o que importa na formação docente é a compreensão do valor dos sentimentos, das emoções, do desejo, da insegurança a ser superada pela segurança, do medo que, ao ser “educado”, vai gerando a coragem” (FREIRE, 2005, p.50) – (Fonte: Brasil Escola)

 

Influência no aprendizado

A relação entre a afetividade e a aprendizagem tem influência fundamental que garante ao aluno um ensino de qualidade, buscando a formação de um cidadão crítico e reflexivo. A escola é o local onde a criança complementa as formações cognitivas e afetivas. Por isso, o papel da escola é o de acolher e de transmitir afeto para seus alunos, tornando-os sociáveis e mais seguros para aprender e buscar novos caminhos. Através da afetividade, a criança será preparada para a vida, podendo sentir que o educador é um amigo que tem ao seu lado.

“Uma criança que se sente amada e é valorizada por um professor, terá despertado a motivação e o desejo de aprender.”

 

Sugestão de atividade (Fonte: Brasil Escola)

Entrevista com o aluno

Aluno (a): ___________________________________

1) Você gosta de sua escola?

( ) sim

( ) não

2) Quais são os seus sentimentos no ambiente escolar?

( ) alegre ( ) irritado ( ) mal humorado ( ) feliz

( ) cansado ( ) animado ( ) confiante ( ) triste

3) Você se relaciona bem com colegas de turma e demais membros da unidade escolar?

( ) sim

( ) não

4) Você gosta de sua professora?

( ) sim

( ) não

5) Você gosta de sentar perto de sua professora? Por que?

________________________________________________________________________________

6) Sua professora percebe quando você está com problemas pessoais?

( ) sim

( ) não

7) Você responde às solicitações de sua professora?

( ) sim

( ) não

8) Você já ficou de castigo na escola? Que tipo de castigo?

( ) sem recreio

( ) excluído da recreação

( ) realizando cópia

( ) em pé, na parede

( ) outra: __________________

( ) nunca fiquei de castigo

( ) três ou mais vezes

 

Entrevista com o professor

 

Série na qual está atuando: __________ Faixa etária da turma: _______________

Formação: _________________________

Tempo no magistério: ______________

 

1) Como você avalia a sua turma?

________________________________________________________________________________

 

2) Como é a sua relação com a turma?

________________________________________________________________________________

 

3) Como professor(a), você se envolve nas dificuldades vivenciadas por seu aluno em seu cotidiano? Como isso ocorre?

_________________________________________________________________________________

 

4) Você utiliza o lúdico em sua prática pedagógica?

( ) sim

( ) não

5) Quais as maiores dificuldades que você encontra no processo de alfabetização?

_________________________________________________________________________________

 

6) Você valoriza aspectos afetivos na formação do indivíduo?

( ) sim

( ) não

7) Como é a sua relação com os responsáveis?

( ) Boa, pois mantenho contato constante com os responsáveis.

( ) Regular, solicitando a presença dos responsáveis somente em casos extremos.

( ) Impessoal: não conheço os responsáveis/eles não participam da vida do aluno.

8) Você se considera um bom profissional?

( ) sim

( ) não

9)Porque?_____________________________________________________________________

 

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