Para inspirar professores: escritora visita escolas de Curitiba e conhece projeto de inclusão com base em seus livros

A literatura é uma possibilidade de inclusão para crianças com deficiência. Por isso, a autora Isa Colli trabalha temas relacionados ao assunto em seus livros. E nesta semana, em visita às unidades do grupo educacional Dom Bosco, em Curitiba (PR), ela comprovou que o que leva para as histórias, como a personagem cadeirante Bela, do livro “A Gata Penélope” (Colli Books), ajudam a garantir o respeito às diferenças.

A escritora percorreu quatro escolas para acompanhar a apresentação dos trabalhos feitos com base no livro “A Fazendinha”. Teve pose para fotos, sessão de autógrafos e muita emoção. As crianças mal podiam acreditar que estavam vendo de perto a autora que veio especialmente da Bélgica, onde mora atualmente, para participar do projeto.

“Esse contato com os leitores é maravilhoso. É a melhor forma de saber se o seu trabalho está agradando e cumprindo o objetivo pedagógico que sempre incluímos nas histórias. Pela felicidade dos alunos e professores, acredito que estamos no caminho certo”, afirmou Isa.

Um dos momentos mais emocionantes da visita foi a participação de uma criança cadeirante, com paralisia cerebral. O menino vibrou quando Isa o convidou para ajudá-la no palco.

Um outro aluno, com limitações devido à diabetes, levou a autora às lágrimas quando soube que ela era a autora de seu livro preferido. “Ele estava tão afoito para me encontrar, que não queria esperar a aplicação da insulina. A professora conversou com ele, nós esperamos ele tomar o medicamento e depois eu fui ao seu encontro. Eu chorei de tanta emoção”, lembra a autora.

Em todas as unidades do Dom Bosco, Isa recebeu de lembrança cadernos com frases e muitos recadinhos dos alunos contando o que acharam do livro, o personagem que mais gostaram e o que aprenderam com a história. A pequena Isabela resumiu o sentimento de gratidão com a visita. Em nome da turma, ela disse que as histórias de Isa Colli permitem uma viagem no mundo da imaginação.

“Cada escola que eu visito eu saio com a certeza de que estou contribuindo para tornar nossa educação mais humana e solidária”, concluiu.