Durante a vida, vários são os fatores que fragilizam e determinam a estrutura comportamental do ser humano, e uma delas é o abuso sexual, que além de estimular o desenvolvimento de depressão, causa medo e transtorno de personalidade. Em se tratando de crianças, temos que tomar muito cuidado com a sua formação. Somos responsáveis pela saúde mental e psíquica de cada uma.
O abuso sexual infantil é um fato real, atual, e mais comum do que se possa imaginar. Segundo estatísticas apontadas pelo Disque-Denúncia Nacional, são mais de 50 queixas registradas por dia, envolvendo todas as camadas da sociedade.
Mas esse número de delações pode ser apenas uma pequena parcela da situação real, já que na maioria dos casos, a violência ocorre dentro da própria família e com mulheres, o que torna o fato mais preocupante e tema de grandes discussões entre educadores, profissionais da saúde e autoridades. O caso é ainda mais preocupante pelo fato de que com intuito de preservar a família, muitas vezes o agredido permanece em silêncio.
Principais sintomas
Em crianças de zero a cinco anos os sinais são choro excessivo, irritabilidade extrema, alterações de sono e alimentação, medo, e apego excessivo em quem confia.
Já os sintomas de seis a doze anos estão relacionados a dificuldades de relacionamento com colegas, embaraço e vergonha excessiva na hora de falar sobre questões relacionadas ao corpo e agressividade. Algumas crianças ainda apresentam distúrbios alimentares como anorexia e bulimia.
Nos adolescentes, os principais sintomas rondam a insegurança, timidez excessiva, baixa confiança e autoestima, uso de drogas e álcool, distúrbios do sono, dificuldades escolares e até mesmo contatos sexuais excessivos ou inadequados, chegando à possibilidade de suicídio.
O abuso sexual causa estragos irreparáveis na vida do abusado por um longo período, tanto no presente como no futuro, provocando as mais diversas alterações comportamentais. A sociedade e os responsáveis pelos menores precisam ficar atentos aos sinais que dão sobre o problema.
Como denunciar?
Procure o Conselho Tutelar, delegacias especializadas, autoridades policiais ou ligue para o Disque 100 e fale com o Disque-Denúncia Nacional, vinculado à Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos.