Você, que é pai ou mãe, sabe o que fazer para impor limites aos seus filhos de forma a fortalecê-los para enfrentarem os desafios da vida?
Embora não seja uma tarefa fácil, é importante que as crianças recebam em casa as noções de autoconhecimento e respeito ao espaço que é seu, para saber reconhecer o que cabe aos outros.
Mas como educar sem autoritarismo, punições, sem ameaças ou subornos que levem a criança a obedecer e a amadurecer de forma saudável?
Baseado em trabalho acadêmico de Sueli Raizi Pereira e Maria das Graças S.Q., intitulado “Uma reflexão sobre a falta de limites dos filhos no ambiente familiar”, seguiremos dicas básicas para impor limites de forma natural, sem causar sofrimento desnecessários e infrutíferos às crianças.
São elas:
1 – Não desautorizar o parceiro na frente do seu filho/filha
Isso Esse é bastante negativo e a criança passa a ignorar as próximas orientações recebidas. Além disso isso a deixa confusa, o que é prejudicial ao seu desenvolvimento. Na primeira vez que o conflito acontecer, o recomendado é que os pais conversem de forma reservada sobre a melhor forma para resolver o problema. Mas uma coisa é primordial. Evite, a todo custo, que a atitude se repita. Quando forem tomar qualquer atitude, discutam previamente. Certamente o ideal é que sempre haja uma conversa em relação à atitude a ser tomada antes de advertir ou corrigir os filhos.
2 – Falar com firmeza
Quando a criança se descontrolar, mantenha o equilíbrio e fale com clareza e firmeza. Ao se exaltar e passar dos limites você deixa a mensagem de que eles podem ter atitudes agressivas também, mesmo que após passarem dos limites adotem o comportamento recomendado. Mas não terão amadurecido, como é desejável. Assim, o ideal é que a abordagem dos pais seja sempre clara e firme, de modo que a criança compreenda a situação e a real necessidade de mudança de seu próprio comportamento. A partir da reincidência de situações semelhantes, a criança desenvolverá naturalmente um entendimento daquele limite. Então, sejam firmes. Mas não percam a calma.
3 – Punição deve ser a exceção, e não a regra
Mesmo que funcione em alguns casos, em outros a punição pode causar revoltar e rebeldia pelo fato das crianças não entenderem a rigidez dos pais. Então os filhos não amadurecem, evitando tomar algumas atitudes não por entenderem que é errada, mas por medo de serem repreendidas. Não deixe de externar seu descontentamento para que a criança entenda porque aquele limite não deve ser ultrapassado.
4 – Evitar “premiar” a criança para fazer a coisa certa
Se o comportamento é inadequado, não há motivos para oferecer brinquedos, passeios ou qualquer outra coisa que os seus filhos não mereçam naquele momento, já que a cada nova atitude de rebeldia vão querer ser “premiadas” de novo. Na vida adulta as pessoas não serão tão tolerante e seus filhos sofrerão. Então pontue de forma muito clara o que é certo ou errado, fazendo elogios, na medida do possível, diante de mudança de comportamento. Um sorriso ou um olhar de aprovação já incentivarão os seus filhos a continuarem no processo de mudança e da assimilação dos limites desejados pela família.
5 – Evitar ameaçar seus filhos
Não comprometa o desenvolvimento dos seus filhos com ameaças. Não imponha a eles medos desnecessários que certamente vão produzir traumas e ressentimentos que poderiam ser evitados. O cuidado no relacionamento pode garantir uma relação afetuosa. Zele por isso. Outro detalhe que merece destaque é que quando as ameaças se banalizam a autoridade paterna é prejudicada. Isso supõe às crianças que ultrapassar os limites é permitido, sem que haja punição por isso. Por outro lado, viver cumprindo as ameaças de punição é desgastante e também fragiliza a relação e não promove as mudanças necessárias.