A música sempre ocupou um papel importante na vida das pessoas.
Muitas famílias faziam questão de enviar seus filhos às escolas sofisticadas, para que estudassem piano, violino, e outros instrumentos requintados como parte da primorosa educação.
Pesquisas científicas afirmam que incluir um instrumento musical no currículo escolar ajuda assimilar conteúdos de diversas disciplinas. Além disso, a musicalização infantil melhora a concentração, a autoestima e a capacidade de raciocínio lógico.
Segundo o filósofo e pesquisador educacional parisiense, Georges Snyders, a função mais evidente da escola é preparar os jovens para o futuro, para a vida adulta e suas responsabilidades.
Mas ela pode parecer aos alunos, um remédio amargo, de delicada ingestão. É difícil para um jovenzinho compreender de imediato a importância dos estudos para assegurar, num futuro indeterminado, uma felicidade bastante incerta.
A música pode contribuir para tornar esse ambiente mais alegre e descontraído, afinal, propiciar alegria no presente é a dimensão essencial da pedagogia e papel fundamental do educador.
É preciso que os esforços dos alunos sejam estimulados e recompensados, proporcionando um ambiente escolar feliz.
Esse método, portanto, também atua no processamento e na produção de emoção.
A música tem potencial para facilitar o desenvolvimento, tanto nas funções cognitivas, quanto nas modulações relacionadas à questão emocional.
A inserção da criança ao mundo da música faz com que ela lide melhor com as impressões negativas do dia a dia.
Outro estudioso comportamental, o neuropediatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Mauro Muszkat, afirma que a música estimula regiões específicas do cérebro, entre as quais, estão as áreas exclusivamente responsáveis pelo sucesso da assimilação de conteúdos de matemática e da língua maternal.
Ele diz que o silêncio, os vários sons, ruídos e suas combinações, despertam sentidos e significados no início da vida do bebê, que no processo de aprendizagem, leva-o a assimilar tudo ao seu redor, estimulando a fala, os movimentos, situando-o no tempo e no espaço.
O uso da música na formação da criança é fundamental, pois ela está em praticamente tudo na vida. A intimidade musical desde o nascimento, de maneira correta, contribui para a formação de seres humanos sensíveis, criativos e reflexivos.
A importância da música na grade de educação básica já foi formalizada pelo governo em 2008, com a sanção da Lei n° 11.769, que torna obrigatório, mas não exclusivo, o ensino da disciplina na instrução fundamental. Ela pode ser integrada a outras matérias, mas sem obrigatoriedade específica.
Neide de Aquino Noffs, pedagoga e professora da Pontifícia Universidade Católica (PUC), aponta a falta de profissionais capacitados, como um grande problema a ser superado. \”Há uma discussão sobre quem deve lecionar música nos colégios. Os professores chamam cantigas infantis de musicalidade e essa visão precisa ser modificada”, ressalta ela.
Neide diz, que musicalidade é essencial para o desenvolvimento individual e os alunos que não apresentam talentos para tocar um instrumento, certamente têm talentos para cantar, dançar ou representar.
Coral infantil, por exemplo, é uma ótima ideia para criar situações de interatividade e comunicação.
A música ajuda o aluno compreender seus sentimentos, expressar e pensar sobre a realidade cotidiana, desenvolver capacidades, habilidades e competências.
Cria situações de conectividade entre a realidade e a fantasia dos processos de criação, interpretação e fruição, desenvolvendo a dimensão sensível que a música traz ao ser humano.
A linguagem musical é tão rica, que facilmente favorecerá descobertas e possibilidades de vivências no processo de aprendizagem, tornando as aulas mais significativas e eficientes para todos.
O professor deve utilizar-se do atrativo para as suas aulas sem perder a propriedade pedagógica.
Vai aí uma boa dica: http://www.revistapazes.com/120-historias-infantis-em-audio-para-baixar-gratuitamente/