O conto, gênero de definição por vezes gera controversa devido à sua transformação no decorrer do tempo
Trabalhar com a oralidade não significa trabalhar apenas a fala cotidiana do aluno, é necessário implantar atividades que favoreçam o desenvolvimento da capacidade do aluno defender, expor, argumentar, persuadir, debater, sobre um ponto de vista, fazer o aluno compreender que oralidade e escrita não são análogos, mas sim se complementam.
Essa modalidade deve ser ensinada para o aluno de acordo com suas especificidades, deixando-o convicto do lugar da oralidade, fazendo com que os aprendizes entendam as diferenças entre as linguagens e quais situações usar cada uma delas.
A escola pode possibilitar atividades que auxiliam no desenvolvimento do discurso oral do aluno, por exemplo: participação de situações recíprocas que envolvam a oralidade, permitindo ouvir e organizar seu discurso de forma clara e coerente, sem fugir ao tema proposto; oportunizar a manifestação de ideias a partir do argumento de uma determinada temática; propor o desenvolvimento de relatos orais, tendo como norteadores o tempo, a(s) causa(s), os cenários, objetos e personagens; adequar a linguagem às situações de comunicação formal nos diferentes tipos de contextos.
Ensinar a linguagem oral não significa afirmar que o professor deverá ensinar seus alunos a falarem, nem muito menos ensinar seus alunos a como se expressar em público. Trabalhar com a oralidade no campo educacional significa dizer que deve haver uma aproximação com os gêneros que fazem parte do cotidiano dos educandos, assim, deve-se inserir os alunos nas mais diversas situações comunicativas nas quais seja possível usar a língua.
Este projeto de ensino proposto a seguir pode ser aplicado a alunos do segundo ciclo do ensino fundamental, e tem por objetivo expor propostas de atividades pedagógicas baseadas em reflexões sobre o propósito de ensino de literatura nas escolas e as práticas do processo de ensino-aprendizagem.
O conto, gênero de definição por vezes controversa devido à sua transformação no decorrer do tempo, é, de modo geral, classificado como narrativa ficcional breve, menor que a novela e o romance. Pode caracterizar-se, fundamentalmente, por sua capacidade de apresentar, de forma concisa, um acontecimento cujo eixo é um conflito que pode ou não ser resolvido ao final.
Para o desenvolvimento desse projeto, segue a estrutura a ser seguida:
- Apresentação
Esta unidade didática corresponde a uma sequências de ensino com 13 encontros sobre o tema: “Contos de Mistério”. Histórias de acontecimentos sobrenaturais que sempre estiveram presentes nas diversas culturas humanas. Histórias transmitidas oralmente de geração para geração, lendas, fábulas, “causos”, contos: o que não podemos explicar também pode nos atrair (e nos explicar, de certo modo). Verdade ou mentira, real ou irreal, não se sabe ao certo; fato é que o mistério, a incerteza, a hesitação e o caráter espetacular de algumas histórias nos prendem, seja para ouvi-las, seja para lê-las – e foi apostando nesse fascínio provocado pelas histórias de terror que esse projeto foi fundamentado.
- Estrutura do conteúdo
a)Oralidade;
b) Leitura;
c) Escrita.
- Conteúdos de ensino
- Desenvolver a oralidade: recuperar histórias de mistério que os alunos ouviam de seus familiares e fazer com que eles as reproduzam (trabalhar entonação, ritmo, respiração e outros recursos utilizados nas narrativas orais);
- Aplicar estratégias de leitura: perceber, na construção do texto, quais os recursos que o autor utiliza para criar tensões (suspense, medo e mistério), como ele faz para compor uma personagem soturna e como o narrador adapta o mundo para prender a atenção dos leitores;
- Estimular a escrita: incitar a transcrição de contos já conhecidos e a criação de novos.
- Objetivo geral
Efetivar, em Língua Portuguesa, prática didático-pedagógica em forma de sequência didática, que possibilite o contato dos educando dos anos finais do ensino fundamental com os gêneros textuais “Conto de Mistério”, de forma a trabalhar sistematicamente a leitura desses gêneros textuais.
- Desenvolver e motivar a criatividade do educando;
- Desenvolver a oralidade;
- Despertar a imaginação;
- Aprimorar o vocabulário e habilidades linguísticas (orais e escritas);
- Recuperar histórias de mistério que os alunos ouviam de seus familiares e fazer com que eles as reproduzam (trabalhar entonação, ritmo, respiração e outros recursos utilizados nas narrativas orais);
- Aplicar diferentes estratégias de leitura, incentivando a leitura de maneira dinâmica e prazerosa;
- Entender que recursos que o autor utiliza para criar tensões (suspense, medo e mistério), bem como o mesmo faz para compor uma personagem e como o narrador adapta o mundo para prender a atenção dos leitores;
- Estimular, por meio da leitura, a escrita;
- Refletir sobre os contextos trazidos nas narrativas, por meio da leitura e discussão que desenvolva a capacidade de interpretar textos, fazendo relação com a vida cotidiana.
- Desenvolvimento
- Leitura de contos de mistério;
- Pesquisa de contos em livros, na internet e história contadas pelos e familiares e amigos;
- Apresentação dos textos escritos pelos próprios alunos;
- Apresentação da sequência de estudo desenvolvida pelos alunos para a comunidade escolar em forma de sarau;
- Construir um blogda turma para apresentação dos textos escrito pelos próprios alunos.
Ilustração do novo lançamento \”O rei está no trono\”