A importância da ludicidade e do brincar
Ainda hoje prevalece a indiferença de muitos educadores pelo uso do lúdico no ensino de crianças nas escolas. O brincar era e é tratado como uma atividade não séria, que não se enquadra nos padrões de ensino, já que a escola prioriza a disciplina e o silêncio, a obediência ao professor e a passividade em sala de aula, para que não se perca a concentração. Isso contraria uma parcela de educadores que pregam a importância da ludicidade e entendem a criança como um ser ativo e social. Santos (2009)
O brincar, o afeto, a motricidade, a linguagem, a percepção, a representação, a memória e outras funções cognitivas estão profundamente interligados. A brincadeira favorece o equilíbrio afetivo da criança e contribui para a apropriação dos signos sociais. Oliveira (2008)
Segundo Luckesi (2000) o lúdico tem sua origem na palavra latina “ludus” que quer dizer “jogo”. Então, o termo lúdico refere-se ao jogar, ao brincar e ao movimento espontâneo.
Em uma sala de aula ludicamente inspirada, o professor renuncia à centralização, à onisciência e ao controle onipotente e reconhece a importância de que o aluno tenha uma postura ativa nas situações de ensino, sendo sujeito de sua aprendizagem, a espontaneidade e a criatividade são constantemente estimuladas. Uma proposta educativa lúdica, torna-se um desafio à prática do professor, pois além de selecionar, preparar, planejar e aplicar os jogos precisa participar das atividades propostas, se necessário jogar, brincar com as crianças, mas sempre observando, no desenrolar, as interações e trocas de saberes entre eles, “brincar e aprender ensinam ao professor, por meio de sua ação, observação e reflexão, incessantemente renovadas, como e o que o aluno conhece”. Fortuna (2001)
Além do jogo ser uma atividade atrativa e interessante, ela transmite conteúdos que propiciam a formação do indivíduo de forma ampla, proporcionando o desenvolvimento em outros aspectos, como físico, intelectual, social, afetivo, ético, artístico. Este desenvolvimento pode ser obtido através de situações comuns decorrentes da aplicação de jogos como o exercício da vivência em equipe, da criatividade, imaginação, oportunidades de autoconhecimento, de descobertas de potencialidade, formação da autoestima e exercícios de relacionamento social. Dohme (2005)
foto: http://professoraelaineag3d.blogspot.be/2012/03/momento-de-brincar-na-sala-de-aula.html