Avós, amor em dobro

 

Tenho ótimas lembranças do colinho dos meus avós e do carinho que recebia deles. É bem nítida na minha memória a recordação dos dias em que subia os topes de morro onde meus pais e avós trabalhavam na roça.

Eles sempre falavam que eu estava linda e perguntavam o que queria. E olha que às vezes eu chegava chorando ou fazendo o maior escândalo. Isso aconteceu, por exemplo, quando a minha mãe cortou o meu cabelo, que era enorme.

Corri para contar ao meu pai, muito zangada.  Meu avô ficou do meu lado o tempo todo, me dando razão e fazendo com que eu me sentisse importante. Eu tinha no máximo uns cinco anos. E ainda me lembro que a receptividade era sempre cheia de amor e afeto.

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Pablo Maurício e a vovó Eliane. Amor maior que o mundo

Minha avó era também minha madrinha, e a pessoa que mais amava depois da minha mãe. Saudades imensas daquele tempo. Se hoje muitos se tornaram responsáveis pela criação e pagamento das despesas dos netos, no meu tempo era diferente.

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Os pais criavam e educavam, e os avós paparicavam. Lá em casa era assim. Pais presentes e carinhosos, e avós muito especiais. Talvez por isso tenha ótimas recordações da minha infância em Monte Belo, Presidente Kennedy, cidade em que nasci no litoral sul do Espírito Santo.

Fui muito feliz. E hoje vejo psicólogos dizendo que quando os avós ajudam a cuidar dos netos, se sentindo valorizados.  E que a criança é enriquecida com esse contato, por receber mais estímulos. Mas fazem também um alerta. Avós não são babás de luxo. Então vamos deixar as relações no seu devido lugar, para que seja prazerosa para todos.

Lídia Aratangy, psicóloga autora do livro Livros dos Avós – Na casa dos avós é sempre domingo, diz que pesquisas comprovam que o equilíbrio emocional das crianças depende dela conhecer sua história e saber de onde vem.

Então vamos permitir às nossas crianças desfrutarem da presença e convivência com os vovós, que são bálsamo em todo o tempo. Um dos vídeos mais emocionantes que vi na internet foi exatamente de uma netinha que chegou em casa e encontrou a avó, que esteve internada muito tempo em estado grave.

Ao se deparar com a avó, ela chorava, dizia que a amava, que ela tinha conseguido(superar a doença), que estava com muitas saudades. Foi uma demonstração de amor incondicional e sem limites. Vale a pena ver . Segue o link: https://www.youtube.com/watch?v=1o0hDrFvoFI

Um dia também espero deixar as melhores lembranças para os meus netos. Isso com certeza fará a vida, minha e deles, valer a pena.

 

 

 

 

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