Aprenda a fazer máscara caseira, aprovada pelo Ministério da Saúde e pesquisadores universitários

Costureiras que estavam paradas devido ao isolamento social encontram nas máscaras uma forma de se manter trabalhando

As máscaras de tecido podem ser usadas com segurança para evitar o contágio pelo Coronavírus, mas para elas sejam eficientes, é preciso seguir algumas especificações. A fim de orientar a população, o Ministério da Saúde divulgou um manual que indica como fazer as máscaras caseiras.

Veja os cuidados:

* Ter pelo menos duas camadas de pano
* Ser individual
* Ser feita com algodão, tricoline, TNT ou outros tecidos
* Deve ser higienizada com água e sabão ou água sanitária na lavagem, após o uso
* Deve ser feita nas medidas corretas: cobrindo a boca e nariz, bem ajustadas ao rosto, sem deixar espaços nas laterais
* Se ficar úmida, tem que ser trocada
* Deve ser usada por cerca de duas horas. Depois desse tempo, é preciso trocar.
* Use a máscara sempre que precisar sair de casa. Saia sempre com pelo menos uma reserva e leve uma sacola para guardar a máscara suja, quando precisar trocar;

Pesquisadores ensinam passo a passo

Um grupo de 60 professores e pesquisadores do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) preparou um guia para que as pessoas possam fabricar suas próprias máscaras faciais. Os especialistas apontam que as máscaras caseiras podem proteger contra infecções respiratórias, desde que mantidos os cuidados adicionais de higiene das mãos e distanciamento social.

Por isso, o grupo sugere uma forma de fabricação das máscaras que, ainda mantendo a simplicidade, não apresente falhas que possam colocar em maior risco a saúde dos usuários.

Como fazer

1. Tecidos ideais para confecção:

a) Tecido não elástico (tipo tricoline ou malha de camiseta fina com quantidade mínima de algodão de 65% na sua composição) – fazer camada tripla conforme explicado a seguir, e adicionar um elemento filtrante absorvente de polipropileno + celulose, comumente vendido como rolos de papel de cozinha reutilizável
A máscara feita deste material é lavável e reutilizável. A folha de elemento filtrante precisa ser trocada após quatro usos (quatro desinfecções da máscara)

b) Tecido-não-tecido (TNT) de alta compactação e diferentes gramaturas (nunca menor de 45 g/m², e recomendado 100 g/m²) e 100% polipropileno – fazer camada tripla com o mesmo formato explicado abaixo, mas sem precisar do elemento filtrante sugerido para as de algodão. Uso único descartável.

2. Os tamanhos ideais de tecido:

Tamanho G: Pedaço externo: 30 cm (altura) x 23 cm (largura) + Interno: 18 cm (altura) x 23 cm (largura).
Tamanho P: Pedaço externo: 25 cm (altura) x 23 cm (largura) + Interna: 15 cm (altura) x 23 cm (largura).

3. Coloque dois elásticos de 17 cm cada, nas laterais, para segurar a máscara atrás das orelhas com alguma tensão.

A ideia é formar uma estrutura de envelope, por onde entrará a folha de papel absorvente de polipropileno+celulose (papel-toalha de cozinha reutilizável). Esta folha deve ser dobrada de forma que exceda um pouco o tamanho interno (altura) do bolso da máscara, a fim de evitar espaços desprotegidos com fluxo de ar não filtrado. Introduzir a folha e acomodar com as mãos com o cuidado de que chegue até os cantos internos da cavidade.

É recomendado que se faça pelo menos duas pregas no tecido, uma vez formado o envelope, e costurá-las nas laterais para melhor ajuste ao rosto. O tamanho dos elásticos (17 cm cada) e dos tecidos pode e deve ser modificada dependendo da estrutura facial de cada pessoa.

É muito importante observar se o ar entra pela boca e nariz através da máscara (correto) ou por algum dos lados (incorreto). Mude a tensão do elástico (faça nós) ou ajeite o tecido e os óculos, antes de sair na rua. Depois desse momento não é recomendado mexer na máscara.

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Máscaras da solidariedade 

Quem não leva jeito para fazer suas próprias máscaras, pode encomendar com costureiras e ainda apoiar essas profissionais que tiveram de parar de trabalhar devido ao isolamento social. Uma delas é Vera Fernandes. Quem ajuda na divulgação é a sua filha, a jornalista Daniele Fernandes. Com parte do valor arrecadado, elas compram alimentos para famílias que necessitam. As encomendas podem ser feitas pelo telefone (21) 99251-0836 ou nas redes sociais (@daniaveraartes).
\”Nesse momento é preciso pensar em segurança, e em paralelo a isso, ajudar a quem precisa”, afirma Daniele.

Fontes: Ministério da Saúde e UFSC

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