Se as abelhas desaparecerem da face da Terra, a humanidade terá apenas mais quatro anos de existência. Sem abelhas não há polinização, não há reprodução da flora, sem flora não há animais, sem animais, não haverá raça humana.” Albert Einstein (1879/1955)
\”A extinção das abelhas altera todo o ecossistema e ameaça nossa sobrevivência.\”
As afirmações de Albert Eisntein sobre o perigo do desaparecimento das abelhas, desde os anos 50, deveria ter sido levado a sério pelas autoridades mundiais, mas definitivamente isso não ocorreu.
A queda nas populações das abelhas ocorre por fatores naturais e pela ação humana, por meio da destruição do ambiente e do uso massivo de agrotóxicos e agroquímicos.
Cerca de 85% das plantas com flores de matas e florestas do planeta dependem dos polinizadores para serem fecundadas. Caso esse ciclo de polinização se quebre, o frágil equilíbrio dos ecossistemas e da biodiversidade, que exige a coexistência em estreita interdependência de milhares de espécies da fauna e flora, estará ameaçado. Com a diminuição da vegetação, boa parte da produção de oxigênio também será comprometida.
Neste exato momento, bilhões de abelhas estão morrendo. Nos EUA, já não há mais abelhas suficientes para polinizar as plantações. Na Europa, apicultores perdem no mínimo 10% de suas abelhas todos os anos.
Estamos enfrentando um holocausto ambiental que ameaça nossa própria sobrevivência. Sem a polinização das abelhas, nosso ciclo alimentar está em perigo! A importância delas vai muito além da produção de mel. Na verdade, se as abelhas desaparecessem, o ser humano percorreria o mesmo destino. Sem a polinização das abelhas nas florestas, teríamos uma alteração de todo o ecossistema, de todo o clima do planeta.
Boa parte dos vegetais também deixará de existir. Isso porque elas são responsáveis pela polinização de até 90% da população vegetal. Há, inclusive, apicultores que alugam abelhas para a polinização de fazendas. Pássaros e outros insetos também atuam na polinização, mas em escala muito menor. Com a queda drástica na quantidade de vegetais disponíveis, as fontes de alimentação de animais herbívoros ficarão escassas, gerando um efeito dominó na cadeia alimentar. Os herbívoros irão morrer, diminuindo a oferta de alimento aos carnívoros, atingindo um número cada vez maior de espécies até chegar ao homem.
Com poucos vegetais e carnes à disposição, valerá a lei da oferta e da demanda. A tendência é que os preços dos alimentos disparem, assim como os valores de outros artigos de origem animal e vegetal, como o couro, a seda e o etanol, para citar só alguns. Está formada uma crise econômica mundial.
Na luta pelo pouco alimento que restou, a população mundial pode iniciar conflitos e até guerras. A agropecuária em crise afetará vários setores da economia, gerando desemprego, queda geral de produtividade e insatisfação popular. Com fome, muitos morrerão ou ficarão doentes. Poucos conseguiriam sobreviver a esse caos.
Sem as abelhas, também não teríamos florestas e sem florestas não teríamos, entre outras coisas, água potável em quantidade suficiente e um ar mais respirável para contrabalancear a poluição.
Esse é um dos assuntos abordados na coleção Vivene e Florine de Isa Colli. O primeiro livro da série “Vivene e Florine em O Pirulito das Abelhas” traz ainda ensinamentos sobre o valor dos estudos, do trabalho em equipe, da diversidade, ética e perdão.
A autora chama atenção da sociedade para grandes temas, voltados à educação cidadã e a melhor qualidade de vida no planeta.