O Facebook é um dos principais agentes causadores de superexposição nas redes sociais, mas é importante salientar que o usuário é o responsável pelas informações que compartilha.
As pessoas querem manter suas popularidades, postando fotos diárias de suas vidas, compartilhando notícias de fonte duvidosa, ou se escondendo por detrás de perfis falsos para atacarem pessoas ou entidades. A internet mudou a vida das pessoas, assim como fizeram a seu tempo, a imprensa, a eletricidade, o telefone, entre outros. Ela proporciona atualmente aos usuários inúmeras possibilidades, desde a comunicação mais rápida até a transferência de valores bancários sem precisar sair de casa.
Sabe-se que há muitos casos criminosos impulsionados pelo mau uso das redes sociais. Embora conheçam os riscos, é comum ver pais divulgando fotos ou vídeos de seus filhos sem a menor restrição, dando para qualquer tipo de pessoa a possibilidade de conhecer, interagir e saber a localização de onde estarão como escola, cinema ou restaurante.
Além disso, outro risco eminente é a exposição por parte de terceiros, algo bastante comum, muitas pessoas já tiveram suas imagens divulgadas em situações constrangedoras. Uma publicação mal-intencionada pode ocasionar consequências graves na vida de alguém que tem a intimidade exposta, como a perda de um emprego, o fim de um relacionamento ou a perda do prestígio perante o próximo, e, em casos mais extremos, a perda da vida.
A medida que vão surgindo novas redes sociais, mais adeptos vão aparecendo. Esse comércio de lucros exorbitantes tem seduzido os usuários, incrementando a cada dia uma novidade para despertar ainda mais a dependência desse meio de integração. A oportunidade de ganhar destaque, seja na mídia local ou nacional, ou apenas no grupo social no qual o indivíduo está inserido, tornou-se um vício para pessoas de todas as idades.
No entanto, não está havendo um filtro por parte da sociedade do que se pode ou não ser compartilhado na rede. A necessidade dos “likes” tornou-se um comportamento compulsivo que vem colocando em risco a segurança pessoal.
É importante lembrar que as suas ações nas redes sociais estão expostas aos “olhos” de todos, que lhe colocam em constante observação. Cabe a cada um tomar precauções com o que está compartilhando ao público, principalmente, sabendo que as empresas usam os seus dados para aumentar os seus ganhos e manipular a sua vida.
Levando-se em conta o que foi observado, torna-se necessário o dever de ter cautela diante desse quadro, em que cada postagem pode gerar uma consequência, sendo ela, maléfica ou benéfica ao ver do público.
Portanto, deixo aqui um alerta: o mau uso da internet está distorcendo o seu verdadeiro propósito. O usuário deve se reeducar para fazer o uso dessas ferramentas de forma favorável e benéfica. Também se faz necessário aumentar as punições para crimes de exposição por terceiros.
O recente escândalo de uso de dados de mais de 50 milhões de usuários do Facebook pela empresa americana Cambridge Analytica para fazer propaganda política e, supostamente ajudar a eleger o presidente americano Donald Trump, acende o alerta. Ao participar de um \”inocente\” teste de personalidade, 270 mil usuários permitiram acesso não somente aos seus dados pessoais, mas também de seus amigos na rede virtual. Tanto a empresa como o Facebook estão na mira das autoridades para que respondam pela denúncia. Até o Senado dos EUA cobra explicações. O escândalo derrubou ainda o valor do Facebook na bolsa americana. Mas o mundo aguarda atento o desfecho deste incidente. Independentemente da punição aos responsáveis pelo vazamento, o caso deve servir de lição para que sejamos mais criteriosos na hora de expor nossas vidas nas redes sociais.