Gosto muito de uma frase do nosso grande poeta querido Ferreira Gullar, falecido recentemente que diz que “a arte existe porque a vida não basta”.
E fico pensando que realmente a manifestação artística, em todas as suas vertentes, dá mais sentido à vida e preenche de muitas cores o tempo dos que escolheram ler, escrever, representar ou pintar, por exemplo.
É quando me deparo com o resultado de uma pesquisa que afirma que o hábito de ler nos torna mais humanos. O estudo científico garante que tem ficado cada vez mais claro o quanto aqueles que leem literatura de ficção desenvolvem o dom da empatia muito mais do que os outros. Empatia é, simplificando, colocar-se no lugar do outro.
O estudo foi publicado em 2013 na Revista Science e descobriu que os leitores de romances costumam se sair melhor, quando testados a respeito da Teoria da Mente, que surgiu em meados do século passado, descrita pela mesma revista Science como “a capacidade humana de compreender que as outras pessoas têm crenças e desejos e que eles podem ser diferentes de suas próprias crenças e desejos”.
Traduzindo, os leitores de romances compreendem melhor o fato de que os seres humanos têm opiniões diferentes. São mais tolerantes, e isso é muita coisa quando ainda nos deparamos com fatos lamentáveis provocados pela intolerância. A literatura de ficção apontada no estudo seriam os romances, histórias inventadas.
Eu, que aprendi a amar a leitura desde criança, e que tive o incentivo dos meus pais, amei tomar conhecimento desse estudo. Se além de todos os outros benefícios que uma boa leitura traz, ainda nos torna mais humanos, vamos ler cada dia mais e melhor.
Porque se tem uma coisa que o mundo inteiro precisa é se humanizar para promover a paz na terra entre homens e mulheres, crianças e adultos, negros e brancos. Enfim, que os de boa vontade consigam promover paz na terra entre todos os povos.