Jogos eletrônicos fazem mal para as crianças?

Uma belíssima homenagem que a Play Station fez aos jogadores do Chapecoense , mortos em trágico acidente aéreo, cria a final da Copa Sul Americana. Emocionante e fruto de um momento triste e de comoção mundial, o jogo me levou a refletir sobre os benefícios e prejuízos dos jogos eletrônicos à saúde das crianças.

Descobri que muitas escolas já aproveitam o seu potencial pedagógico para trabalhar fatos históricos e conceitos de várias matérias de forma lúdica e dinâmica. Mas o que seria lenda, e o que seria verdade, quando o assunto é o hábito de ficar muitas horas diante dos games, seja na televisão no celular, tablets, computadores ou celulares?

As crianças ficam violentas quando jogam com frequência? Os games podem ajudar no desenvolvimento de habilidades especiais, ou os jogos atrapalham os estudos e a socialização? A resposta vem de pesquisadores de várias instituições respeitadas. Entre elas as Universidades de Albuquerque, a Universidade de Iowa (EUA) e a Universidade de Ottawa, no Canadá, só para citar algumas.

As pesquisas apontam que jogar vídeo game pode aumentar a eficiência do cérebro, a coordenação motora e a coordenação entre o olho e a mão, e melhorar o equilíbrio em pacientes com Alzheimer submetidos a jogos regularmente. Outro grupo de pesquisadores publicou na revista científica Medical Xpress o resultado de um estudo que investigou o cenário atual da pesquisa científica que liga o videogame à saúde mental.

No Brasil, quem fala sobre o assunto é Lynn Alves, professora da Universidade da Bahia, especialista em Educação e Tecnologia. Ela afirma que muitas pesquisas já desmentiram esse mito de que os jogos são nocivos, e já reconhecem o potencial educativo dos games.

Lynn garante que eles são importantes como entretenimento cultural, mas que os pais precisam ficar atentos para que o hábito não se torne um vício. Os estudos de Lynn apontaram também que os jogos são uma oportunidade para os jovens trabalharem seus medos, desejos e frustrações.

A professora defende o uso dos jogos nas escolas, porque despertam o interesse e trazem ganhos afetivos e sociais, tornando as crianças mais autônomas e cooperativas. Mais que isso, os jogos podem trabalhar conceitos em várias matérias, facilitando o aprendizado.

Particularmente, fico feliz em perceber que as pesquisas indicam que o videogame não é o vilão da saúde, e que jogá-lo nas mais diferentes versões pode ser positivo tanto para adultos quanto para crianças porque desenvolvem o raciocínio lógico, aumentam a tolerância a frustrações, geram mais agilidade, alguns valem como exercício físico, melhoram o convívio com a família e com os amigos, e melhoram a coordenação motora e a atenção.

Mas vale repetir. Os filhos devem jogar sob vigilância e controle dos pais, e com moderação, para que o hábito não se torne um vício, prejudicando o desenvolvimento da criança.

Fonte:
http://hy.pescience.com/a-polemica-continua-pesquisadores-afirmam-que-jogar-videogame-faz-bem-para-criancas/
http://hypescience.com/23609-video-games-fazem-bem-a-saude-de-acordo-com-pesquisas/
http://www.minhavida.com.br/familia/galerias/14792-conheca-oito-beneficios-do-videogame-para-o-desenvolvimento-do-seu-filho/8
http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/videogame-faz-mal-criancas-739411.shtml

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