Evento define agenda de encontros regionais em Goiás, Minas Gerais e Sergipe em 2020
A literatura é um meio eficaz para trabalhar a alimentação saudável nas escolas e a editora Colli Books tem conseguido ótimos resultados na prática, através dos livros Luke, o macaco atleta e A Fazendinha. Para contar essa experiência, o selo foi convidado a participar do Fórum Estadual de Conselhos de Alimentação Escolar, que aconteceu no centro do Rio de Janeiro, na última quinta-feira (7/11).
A jornalista Tais Faccioli detalhou como os dois livros ajudaram a mudar os hábitos alimentares dos alunos em diversas escolas do país, através de atividades lúdicas. A editora também disponibilizou, em um estande, os livros do catálogo 2019/2020.
O fórum contou com a participação de conselheiros, nutricionistas, merendeiras e educadores de 28 municípios do Rio de Janeiro, além de Garulhos e Goiânia.
“Cada vez mais a gente tem que se juntar para conversar e discutir ideias, procedimentos… Foram muito interessantes as trocas de experiências”, afirmou a organizadora do encontro, Sandra Pedrosa.
Marcelo Colonato, coordenador do Fórum Nacional de Alimentação Escolar, destacou a importância da reunião para uma discussão ampla, que ajude a entender como funciona a dinâmica dos CAEs nos diferentes municípios. Colonato informou que um Projeto de Lei apresentado ao Senado ameaça acabar com os Conselhos.
“Precisamos existir para poder fiscalizar os órgãos públicos, garantir a alimentação de qualidade nas escolas e impedir a corrupção. A alimentação escolar ainda é um caminho para a corrupção, infelizmente. Não dá para esperar a boa vontade de quem deveria nos representar”, ressaltou Marcelo.
Fiscalização
Representantes do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Tribunal de Contas da União (TCU) mostraram como é o trabalho dos órgãos de controle para garantir que os conselhos funcionem efetivamente nos estados e municípios. Esses órgãos fiscalizam desde o cumprimento de normas sanitárias e de segurança – como colocação de gás dentro de ambientes fechados, lixo em local inadequado, armazenamento e conservação de alimentos – até questões mais complexas como controle do registro de preços, da qualidade da merenda e procedimentos licitatórios.
Cardápio criativo
A nutricionista Luna Azevedo, da Sociedade Vegetariana Brasileira (SVB), explicou como funciona o projeto Segunda sem Carne – já atuante em vários estados brasileiros – que incentiva a troca de proteína uma vez por semana.
“É importante desmistificar algumas questões relacionadas à alimentação vegetariana ou vegana para não termos erros na merenda escolar das crianças, em relação aos nutrientes e como que nós, nutricionistas, podemos colaborar com o Conselho de Alimentação Escolar e o Pnae (Programa Nacional de Alimentação Escolar) neste assunto”, esclareceu a profissional.
Próximos passos
Os participantes tiraram uma agenda com cronograma para as próximas reuniões. Em 2020, serão realizados fóruns regionais em Goiás (março), Minas Gerais (abril) e Sergipe (maio). Em 2021 acontecerá o II Encontro Nacional de Conselhos de Alimentação Escolar, em princípio em Guarulhos, onde ocorreu a primeira edição do evento.
“O CAE tem responsabilidade gigantesca. É fundamental que nós tenhamos esse compromisso com nosso município, nosso estado e nosso país”, concluiu Marcelo Colonato.