O cenário digital, com tantas tecnologias avançadas, é uma realidade no dia a dia dos nossos filhos. Hoje é comum usar a calculadora, o computador, o tablete como ferramentas de alfabetização, associadas aos livros e outros materiais tradicionais. Estamos diante de uma geração que já nasce conhecedora de certos aparelhos e sabendo manusear os aplicativos.
É essencial que as crianças aprendam sobre as novas tecnologias, mas é necessário também o desenvolvimento do senso de criatividade, autonomia e responsabilidade no uso destas ferramentas, preparando-as para seus futuros empregos.
Aprender sobre códigos e decodificação é um processo que começa no cérebro e as crianças tem uma facilidade muito maior de colocar tudo isso em prática.
A era das telas
No entanto, estamos relutantes em educar nossas crianças sobre computadores. O tempo gasto nas telas continua a crescer, e isso a partir da idade muito prematura. Desde bebês, elas estão expostas à televisão, videogames, tablet, smartphone, e isso é inevitável. Devemos entender que faz parte de suas vidas diárias. É verdade que nós, pais, estamos aprendendo sobre esse novo mundo e o comparamos com muita frequência ao da nossa juventude, onde não tínhamos toda essa tecnologia.
Então, alertamos para o óbvio. Devemos acompanhar e supervisionar nossos filhos todos os dias nas atividades que envolvem tecnologia. Se prestarmos atenção, notaremos que a televisão está cada vez menos presente. Ela tem sido substituída por computadores ou tablets, que devem ter o seu uso controlado. Da mesma forma que a criança frequenta uma escola para letramento, deveria frequentar lugares dedicados à educação de ferramentas digitais. Essa é uma questão interessante para se pensar.
Como promover seu desenvolvimento e seu futuro?
É nosso hábito, e cultura, incluir nossos filhos em aulas de piano, dança ou teatro. Que tal também ensinar-lhes sobre computadores?
A educação é a essência para o sucesso individual. Ensinar uma criança desde cedo sobre o mundo digital é dar-lhe as chaves dos empregos do futuro e educá-las para fazer bom uso dessa tecnologia.
Criança aprende brincando. E é desse modo lúdico que ela vai descobrir como tornar pequenas cenas de ação em seu computador ou tablet, histórias de programas, em movimentos de seus personagens, suas próprias histórias, e criar eventos importantes do seu desenvolvimento. Não podemos fugir dessa realidade, mas precisamos nos atentar para que tudo isso seja aplicado por um programa educacional e por profissionais que irão mostrar aos seus filhos como usar corretamente as máquinas do futuro.
O objetivo da educação tradicional é mobilizar a imaginação, a criatividade e o sentido lógico. Nada muda quando se trata dessa dinâmica. Mas todas as crianças devem ser treinadas e aprender sobre códigos de computadores e novas tecnologias? Sim. Aprender esses fundamentos é essencial para todas as crianças nos dias de hoje. Elas devem ser capazes de evoluir nesta nova era digital. Muitas escolas já perceberam isso e querem desenvolver essa cultura moderna, oferecendo esses aprendizados para os seus alunos.
Alguns centros educacionais possuem programas de combate ao analfabetismo da tecnologia como parte dos objetivos da reforma curricular, a exemplo do Sesi Canaã, no estado de Goiás. A instituição tem avançado bastante na área da robótica e os seus alunos são condecorados com prêmios importantes. O Sesi tem cumprido o seu papel de ensinar “os códigos” por tentativa, erro e por meio de exploração, desenvolvendo nos estudantes o senso de autonomia e adaptabilidade, enquanto se divertem.
As salas de estudo de tecnologias são ótimos lugares de trocas, onde a convivência reina suprema e é o sonho de todos os alunos. Que iniciativas como esta sejam seguidas e multiplicadas.
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